Apesar dos problemas causados pelo longo período de seca no Nordeste, a vacinação do rebanho baiano contra a febre aftosa alcançou o índice de 95,65 % na primeira etapa da campanha em 2012.
Na Zona de Proteção, composta pelos municípios de Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Buritirama, Mansidão, Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Remanso e Casa Nova, o patamar de imunização chegou a 96,42% do rebanho vacinado e declarado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (10) pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura (Seagri). “Esse resultado é reflexo do comprometimento dos produtores para com o desenvolvimento sustentável da agropecuária baiana, e da sensibilidade dos governos federal e estadual diante da situação de emergência vivida por mais de 250 municípios afetados pela seca”, salientou o secretário da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, destacando ainda o apoio e a colaboração dos criadores neste momento em que a Bahia passa pela pior seca dos últimos 50 anos. Em função do período de estiagem, a campanha de vacinação contra a febre aftosa foi prorrogada na tentativa de auxiliar os criadores na imunização das 11.587.459 cabeças de bovinos e bubalinos no Estado. “Nossa intenção foi salvaguardar a pecuária baiana, garantindo as condições necessárias para que o criador pudesse cumprir com o seu papel sem prejuízos econômicos”, destacou a superintendente Federal da Agricultura na Bahia, Virgínia Hage. A medida de prorrogação beneficiou mais de 200 mil produtores, sobretudo agricultores familiares do Semiárido baiano. “Na medida em que os animais foram recuperando a sua condição nutricional os criadores foram procedendo a vacinação, possibilitando alcançar o índice de vacinação apurado mesmo em um período de seca prolongada”, explicou o diretor Geral da Adab, Paulo Emílio Torres. O próximo compromisso dos produtores será em novembro deste ano, quando apenas os bovinos e bubalinos com idade de 0 a 24 meses deverão ser vacinados. “Essa é a faixa etária mais susceptível ao vírus da Febre Aftosa, por isso é necessário o esforço máximo dos produtores para alcançar altos índices de vacinação nos animais jovens, inclusive nos bezerros recém-nascidos”, esclarece o diretor de Defesa Animal da Adab, Rui Leal. Vale ressaltar que na Zona de Proteção da Bahia todo o rebanho existente deve ser vacinado, por fazer divisa com Estados classificados ainda com risco médio para aftosa. “Com isso a Bahia reforça a proteção de toda sua pecuária contra a enfermidade de maior importância para a economia mundial e garante a manutenção de sua Certificação Internacional de Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação”, finalizou presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), João Martins, ressaltando que os criadores já estão conscientes do seu papel para a etapa de vacinação em novembro. |
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Ascom / Seagri |